sábado, 1 de setembro de 2012

Germe do amor, Sonho Utópico

                           Dirceu Ayres

Queria que o amor em mim germinasse,      
Que uma semente forte em mim crescesse
Durante a vida, ela robusta florescesse,
E em minha alma com ternura ele brotasse.
E depois que crescesse galhos em cada canto
Por janela parede, e fenestra extrapolasse,
Nas casas fronteiras e vizinhas penetrasse
Soltando odores que exterminasse o pranto.
                                  Que em cada casa nova, em novo canto,
Crescesse, florescesse e se expandisse,
E em cada casa ele assim se repetisse
Brilhante qual o brilho de um manto.   

                             
Que enchesse todo o bairro canto a canto,
Mavioso de amor que todos ouvissem,
E ouvindo, que todos também sentissem
E mandassem para longe a dor do pranto.     

                              
Que toda a cidade então enraizada              
Que meu sonho, de amor todos sentisse    
E que o país assombrado o exemplo visse
E encetasse com ardor essa caminhada.
                               E a nossa terra fosse toda iluminada
Pelo meu amor que a todos atingisse,
com o tal paraíso como eu predisse,
Como estrela brilhante, já chegada.     
Esse sim era o meu grande sonho,
Como todo sonho esvaeceu-se, já era        
Destruindo a alegria que me dera,
Diante de um amanhecer tristonho.

MARIA JOSÉ

                   Dirceu Ayres

Maria José um mulherão,
Com cabelo bem comprido
abraçá-la, era comigo!
Com amor e mais paixão.

O cabelo que ela tinha
Que vinha até a cintura
Não tinha grande altura
E as pernas, eram sós minha.

A coxa que era bem grossa
Os peitos, a grande atração,
Nádegas  era uma tentação,
Paixão assim, Homem gosta.

Não tão alta, nem baixinha!
Com o corpo tão bem feito
Bem redondo era seu peito
Toda bem reconchudinha. 

Seu cabelo era tão grosso
O olhar, calmo tranqüilo,
E eu só pensava “naquilo”
Com o amor até o pescoço.

Se souber que está querendo
Meu amor grande que espanta
Comigo que tudo levanta
Mesmo com os ossos doendo.

 Meu pensamento tem luz
Qual estrela vespertina
Que está brilhando ainda,
Com um brilho que seduz.

Muito linda como ela é
É fortinha sem barriga
Não conserva inimiga
Também se chama Zezé.

 Eu que mantenho um amor
Que é forte e bem profundo
Não tem igual nesse mundo
E que sempre me causa dor.        

DEBUTANTE YANDRA

                                                
                  Dirceu Ayres

Igual crisálida em casulo recolhida
Vive a doce infância das meninas,
Cheias de graça, raça, franzinas,
A espera de despertar para a vida.

Logo emergem lindas e coloridas,
Quais borboletas, extrovertidas,
Radiantes de amor e de candura,
Revelando facetas da mais pura
As beldades feminis adormecida.

Tão lindas as jovens debutantes,
Que eternizam em breves instantes,
As promessas que o amor e a vida
Oferecem e já são fiéis depositárias,
Se manifestarão de formas várias
Espalhando as sementes em si contidas.

Logo, logo, serão as jovens noivas,
Jovens mães de família, sempre belas,
E novas debutantes virão delas
Em sucessivas ondas, quais bailados
Prova do amor de Deus pôr nós, mortais,
Nelas vemos a promessa que jamais
Seremos em seus pensamentos apagados.