sábado, 21 de janeiro de 2012

MARIA JOSÉ

        
           Dirceu Ayres     

Maria José um mulherão,
Com cabelo bem comprido
Abraça-la, era comigo!
Com amor e mais paixão.

O cabelo que ela tinha
Que vinha até a cintura
Não tinha grande altura
E as pernas, eram sós minha.

A coxa que era bem grossa
Os peitos, a grande atração,
Nádegas  era uma tentação,
Paixão assim, Homem gosta.

Não tão alta, nem baixinha!
Com o corpo tão bem feito
Bem redondo era seu peito
Toda bem reconchudinha. 

Seu cabelo era tão grosso
O olhar, calmo tranqüilo,
E eu só pensava “naquilo”
Com o amor até o pescoço.

Se souber que está querendo
Meu amor grande que espanta
Comigo que tudo levanta
Mesmo com os ossos doendo.

Meu pensamento tem luz
Qual estrela vespertina
Que está brilhando ainda,
Com um brilho que seduz.

Muito linda como ela é
É fortinha sem barriga
Não conserva inimiga
Também se chama Zezé.

Eu que mantenho um amor
Que é forte e bem profundo
Não tem igual nesse mundo
E que sempre me causa dor.        

JUVENTUDE E JARINA

  
          DIRCEU AYRES        
Guardo ainda a lembrança
Da namorada, A Jarina,
Foi a mais bela lamparina
Que iluminou minha infância.

As lembranças do passado
Dessas que não voltam mais,
Tempo que ficou pra trás;
Também vivi mau bocado.

Ser jovem é sim, coisa boa;
Tem lembranças que açoda,
Algumas que me incomoda,
Outra no pensamento voa.

Como obsessão cromática
Lembro muita a sua alvura,
Tão branquinha e tão pura,
Essa cor me leva à estática.

Era bom que a natureza
Fizesse trato com a morte
Pra dependendo da sorte
Nos levasse com beleza.

Nessa nossa sociedade
Morrer velho é estorvo.
Dessa Idea eu muito corro
Vou curtir a mocidade.

As jovens corriam atrás
Hoje corre pra distante;
Não demora um só instante
Aos jovens querem bem mais.

Viver somente de esperança
Lembrar tempo que passou,
A juventude que logo ficou,
Encravado na lembrança.

E eu sei cada vez mais
Que se apagou a lamparina
Escafedeu-se minha Jarina
E o azeite não tem mais.