sábado, 9 de julho de 2011

ENTREVISTA - JOSÉ SARNEY

                                                                                    Dirceu Ayres     

Fotos: Paulo de Araújo/CB/D.A Press "O PT está no governo e tem os instrumentos de governo, mas o PMDB é o partido da estabilidade nacional, porque não tem líderes. Não tem nenhum líder messiânico. Se tirar o Lula do PT, o partido se fragmenta, até porque é uma confederação de tendências” Personagem da política brasileira desde o último governo de Getúlio Vargas, o presidente do Senado, José Sarney, aos 81 anos, editou mais um decreto: "A democracia representativa está em xeque. Os partidos estão enfraquecidos e não representam mais o povo", disse, vislumbrando uma nova ordem em que o cidadão comum, a partir do próprio computador, fará as escolhas que hoje deixa a cargo de representantes no Parlamento. "Quem não perceber isso ficará preso no tempo." Sarney recebeu a reportagem do Correio em duas ocasiões. O primeiro encontro ocorreu na manhã da sexta-feira da semana passada, no gabinete do 6º andar do anexo I do Senado; o segundo, no início da noite da última terça-feira, na sala da Presidência da Casa. Sarney vaticinou a desestrutura do PT sem Lula, elogiou Dilma Rousseff, disse ser vítima de injustiças de adversários na política nacional e maranhense, e fotografou, com lente própria, a passagem pelo Planalto. Na primeira conversa, falou sobre a demissão de Antonio Palocci. Ao fim da entrevista, o senador apontou para a mesa onde estão os santos de devoção. Ali, repousava uma medalha de irmã Dulce. "Depois que transmiti a faixa presidencial, preparei-me para descer a rampa e ser vaiado por partidários de Collor e de Lula. Na saída, toquei na medalha de irmã Dulce que carregava no bolso, peguei um lenço branco que estava junto e acenei para o povo. Fui aplaudido. Para mim, aquele foi o primeiro milagre", lembrou, rindo. No segundo encontro com a reportagem, um dia antes da queda de Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes, Sarney disse que, se o agora ex-integrante do primeiro escalão de Dilma conseguisse se explicar, poderia permanecer no governo. Não conseguiu.Como é estar sempre no topo do poder? Sempre estive apanhando. Quando era estudante, fui preso pela ditadura Vargas. Fui contra o Getúlio. Depois procurei, dentro da UDN, ser de um grupo renovador. Também combati o Juscelino e até hoje me arrependo. Na época, era vice-líder da UDN, vice-líder do Carlos Lacerda. Estava na linha de frente do combate ao Juscelino. Eu era muito jovem. Fui contra o João Goulart. Tive tempo de oposição, eu tive tempo de luta dura. Não é esse mar de rosas que todo mundo pode pensar que é. O que significa estar no topo? Significa que você está exposto e disposto à luta.Qual foi o período mais cruel da política para o senhor?Muitas vezes, fui submetido a um período de injustiças muito grande. E de crueldade. São feridas que não cicatrizam. E que a política deixa na gente. Foi com grande amargura que eu atravessei aquele período no Senado (com as denúncias de atos secretos e privilégios na Casa ao longo do ano de 2009) e acho que foi uma das coisas mais injustas que vivi. Um pastel de vento que fizeram exclusivamente por motivos da guerra política para liquidar a pessoa que é tida como adversária. Eu serei sincero em dizer que não cicatrizou. E quem são os adversários?Quanto menos eu falar desse passado, melhor me sinto. Sarney guarda ódio na geladeira?Eu tenho absoluta incapacidade de ter ódio. Nunca tive inimigos. Nunca considerei as pessoas como adversárias. Não há um gesto meu, nem que eu tenha sido acusado, de eu ter erguido uma estátua à vingança. O ressentimento é contra a própria pessoa, porque ele cresce e a pessoa vive infeliz. A Academia Brasileira de Letras é mais importante do que a política? Olha, a Academia me deu mais alegria do que a PE o que seria o Sarney sem a política?Eu teria feito uma melhor obra do que escrevi. A política me prejudicou muito nisso, na minha vocação. A política é uma atividade bem diferente da atividade literária, não é? A política lida com a realidade, a literatura, com abstrações. É muito difícil essa convivência entre o político e o intelectual. Mas a política também me deu oportunidade de trabalhar pelo meu país, me sentir útil para o meu estado. O senhor acha que fez tudo pelo seu estado?Acho que nada que existe no Maranhão deixou de ter a minha mão, dos últimos 50 anos para cá. Porque, quando eu fui governador do Maranhão e entrei na política, o estado tinha um ginásio, no qual eu estudei. Fiz 74 ginásios. Meu programa era uma escola por dia, um ginásio por mês, uma faculdade por ano. Consegui, com o governo federal, fundar a universidade federal. Fiz a universidade estadual. Mantive o ramal da estrada de ferro de São Luís ligando até o Piauí. Fiz a São Luís-Teresina asfaltada. Como presidente, fiz de São Luís ao sul do estado, a Norte-Sul. Fiz também de São Luís ao Pará.residência. Minha vocação era a literatura. A política, para mim, foi um destino.

A MARCHA PARA TRÁS.

      Dirceu Ayres




O país das "marchas...", da Maconha... Das Mulheres vadias... Parada Gay, e não ocorre a ninguém organizar a marcha contra a corrupção; a marcha pelo ensino básico; pela abertura dos documentos sigilosos; por uma acareação entre Mercadante, Ideli Salvati, e o funcionário que participou da reunião com os dois para a "elaboração" de um dossiê falso contra José Serra! Uma cortina de mentiras ocupa o poder. O marketing de um país de "todos" devora verbas inacreditáveis numa esquizofrenia que se reflete nos juros mais altos do planeta, em obras sem licitação, tráfico de influência, e a previsível repetição de escândalos semanais! E os mafiosos, Dirceu, Franklin Martins, e Lula, principalmente, "orientando" o biombo- Dilma, completamente atônita, sem saber que rumo imprimir a um governo à deriva! Nenhum projeto a não ser o da permanência indefinida no poder! A luta antropofágica da "base aliada" por cargos, o "fogo amigo do PT" minando o que possa restar de autoridade da Dilma, que não é nenhuma "vitima", pois todo o esquema era de seu conhecimento! Criou-se a burguesia sindical sem obrigações de prestar contas de seus gastos: a verdadeira elite que conta com a total cumplicidade de Lula, mais preocupado com suas "palestras", não por coincidência, com empresas que têm relações mais que "amistosas" com o governo! Em pouco teremos a marcha final: a da insolvência do Brasil! Postado por Carlos Vereza. É evidente que o caráter de um ser humano não pode ser aferido por suas opções sexuais. Mas o que estamos presenciando, sob o pretexto de reinvidicar direitos iguais perante a lei por parte dos GLS, ultrapassa os limites do respeito aos direitos alheios. A parada Gay em São Paulo foi um verdadeiro achincalhe aos valores religiosos do povo brasileiro, onde os manifestantes, além da vulgaridade exibida, com toda a certeza, conseguirão mais opositores do que simpatizantes às suas pretensões!Como sempre, a manipulação sórdida petista, orquestrando todo o ridículo "movimento", se traduzirá em votos, para a perpetuação no poder dos "companheiros"; mesmo a custa de tão deprimente desfile de horrores!Pobre Brasil... Deve existir dois Brasis, um de pessoas de bem e outro desses que fraudam tudo que por ventura tenha na repartição a que pertença. Filho do ministro Alfredo Nascimento (Transportes), Gustavo de Morais Pereira é um assombro ou seu pai é do tipo que faz milagres. O garoto se tornou empresário aos 18 anos de idade e aos 21 já era sócio de uma das mais importantes empreiteiras do Amazonas, a Forma Construções Ltda. Dois anos depois, os ativos da Forma, cujo capital social não passa de R$ 60 mil, já somavam amazônicos R$ 52 milhões. Aos 21, Gustavo comprou por R$ 300 mil um Centro de Estudos que era dono de um terreno de 51 mil metros avaliado em R$ 30 milhões. A oposição desconfia que o filho seria uma espécie de “laranja” do ministro dos Transportes, por isso querem investigar o caso em CPI.Mas um servidor, José Erasmo Souza, pediu ao Ministério Público Federal em Manaus para investigar a fortuna do filho de Alfredo Nascimento. (Coluna CH)

ROUBALHEIRA DERRRUBA MAIS UM MINISTRO DO GOVERNO DO PT

                                                                      Dirceu Ayres

Embora esta notícia esteja em todos os site e nas manchetes dos jornais desta quinta-feira, faço esta postagem até como registro aqui no blog. Em seis meses do governo da Dilma, dois ministros já caíram, sendo que Palocci caiu duas vezes. A primeira quando era o todo poderoso Ministro da Fazenda. Podem fazer um inventário: o governo do PT é o campeão absoluto em matéria de corrupção e roubalheira. O lulopetismo é o maior mal que já se abateu sobre o Brasil. E todos que apóiam esse governo corrupto são coniventes com o crime e, portanto, são também criminosos. Leiam: Alfredo Pereira do Nascimento (PR-AM), de 58 anos, deixou o Ministério dos Transportes, pasta que ocupava desde o governo Lula, nesta quarta-feira. Ele encaminhou seu pedido de demissão à presidente Dilma Rousseff "em caráter irrevogável". Na nota, Nascimento afirma que decidiu encaminhar um requerimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de investigação e autorizando a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal. "O senador está à disposição da PGR para prestar a colaboração que for necessária à elucidação dos fatos", diz o texto.O agora ex-ministro reassumirá sua cadeira no Senado Federal e a presidência nacional do Partido da República (PR). O nome mais cotado para o posto é o do secretário-executivo, Paulo Sérgio Oliveira Passos. Passos está neste momento no Palácio do Planalto em reunião com a presidente Dilma Rousseff. Oficialmente, o encontro é para tratar da transposição do rio Sâo Franscisco. Também participam da conversa a ministra do Planejamento, Míriam Belchior, e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. A saída de Nascimento ocorreu após reportagem de VEJA revelar o funcionamento de um esquema baseado na cobrança de propinas, feita por caciques do PR, a empreiteiras e empresas de consultoria que elaboram os projetos de obras em rodovias e ferrovias. É o segundo ministro a cair na gestão de Dilma - o primeiro foi o ex-titular da Casa Civil, Antonio Palocci, que não resistiu às revelações de seu incrível salto patrimonial. O escândalo teve reação imediata da presidente Dilma, que, no sábado seguinte à reportagem de VEJA, afastou o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, o presidente da Valec Engenharia, José Francisco das Neves, o chefe de gabinete do Ministério, Mauro Barbosa Silva, e o assessor Luís Tito Bonvini. Mas errou a petista ao dar sobrevida a Nascimento e prolongar a crise. Dilma saiu em defesa de Nascimento na segunda-feira, primeiro dia útil após as revelações de VEJA. A presidente também ordenou à Controladoria Geral da União (CGU) uma investigação rigorosa nas licitações e contratos da pasta. E mandou Nascimento abrir uma sindicância no ministério - com toda a isenção que o ministério comandado pelo PR tem para investigar a si mesmo.O ritual foi uma tentativa de evitar desgaste político semelhante ao que ocorreu no episódio Palocci. Não adiantou: os oposicionistas aumentaram a pressão: pediram investigações ao Ministério Público e passaram a recolher assinaturas no Congresso para uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A manobra da presidente revelou-se, portanto, não-produtiva. Nesta terça-feira, o escândalo chegou à família de Nascimento. De acordo com reportagem do jornal O Globo, o filho do ministro é dono de uma empresa cujo patrimônio cresceu 86.500 % desde 2005. O caso fez com que a oposição apertasse ainda mais o cerco ao ministro, que acabou entregando o cargo. O PSDB pediu ao Ministério Público um acréscimo na representação que apresentou contra Nascimento. Biografia - Nascimento responde a processos na Justiça por acusação de improbidade administrativa e crime de responsabilidade na época em que era prefeito de Manaus – entre 1997 e 2004. Na Justiça Eleitoral, quase teve seu mandato cassado por suspeita de compra de votos na disputa de 2006, quando conquistou uma vaga no Senado.O ex-ministro assumiu o Ministério dos Transportes pela primeira vez no início do governo Lula, em março de 2004, cargo em que permaneceu por dois anos. Afastou-se em março de 2006 para candidatar-se a senador e, em 2007, deixou a vaga conquistada novamente para ocupar o ministério. Em março de 2010, deixou o governo federal para ser candidato ao comando do Amazonas, mas não foi eleito. Com a vitória de Dilma Rousseff, foi reconduzido à pasta - cota do PR. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante os anos em que esteve no ministério, o patrimônio de Nascimento dobrou. Em 2006, quando foi candidato ao Senado, ele declarou à Justiça Eleitoral ter bens no valor total de 594.723,82 reais. Nas eleições de 2010, seu patrimônio subiu para 1.092.676,35 reais. Uma das empresas da família, a Forma Construção Ltda., é alvo de uma investigação da Receita Federal sobre lavagem de dinheiro.Sua mulher, Francisca Leonia de Morais Pereira, e o filho Gustavo Nascimento, de acordo com as investigações, chegaram a ser multados por omitir em suas declarações de Imposto de Renda um total de 7 milhões de reais. O ex-ministro nasceu em Martins, no Rio Grande do Norte, é formado em Letras e Matemática, foi sargento da Aeronáutica e empresário. Na carreira política, também foi vice-governador do Amazonas, secretário municipal de Economia e Saúde em Manaus, secretário de Estado de Administração e da Fazenda do Amazonas, presidente da Empresa de Processamento de Dados do Amazonas (Prodam) e superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa).É o atual presidente do Partido da República, desde que seu antecessor, o deputado federal Valdemar da Costa Neto, deixou a vaga ao ser acusado de envolvimento no mensalão, o maior escândalo do governo Lula, em 2005. Do site da revista Veja
 
 
 
 

DEMITIR ALFREDO NASCIMENTO E MANTER A PASTA SOB O COMANDO DO PR, É TROCAR SEIS POR MEIA DÚZIA

      Dirceu Ayres

O cretinismo da petralhada é de tal monta que, após a presidente Dilma Rousseff finalmente ter tido a coragem, ou, quem sabe, ter recebido a permissão de Lulla, para demitir Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes, abre-se imediata e descaradamente discussões para saber qual será o companheiro de partido de Alfredinho que vai assumir o seu lugar, e conduzir as investigações sobre as "presepadas enriquecedoras" que possam ter sido cometidas nos quase dez anos de gestão do finalmente agora desmascarado ex-ministro. Isso é uma vergonha! Afinal de conta o Ministério dos Transportes é propriedade do PR? Se for, foi comprado por quando, ou adquirido em troca de quê? Manter o Ministério dos Transportes, dono do terceiro maior orçamento da União, nas mãos do mesmo partido que esteve no comando da pasta desde o primeiro Governo de Lulla, é uma total e absoluta irresponsabilidade, além de ser uma clara falta de compromisso para com a coisa pública. A situação é tão absurda quanto a de um sujeito manda dedetizar sua casa, mas com a condição de que imediatamente após o extermínio dos ratos e baratas que contaminam o local, seja providenciado um novo "plantel" de roedores e insetos para ocupar o mesmo espaço, evidenciando que sua intenção não é a da purificar o ambiente, mas de "fazer um rodízio de agentes contaminadores". Em suma, esse é um episódio em que fica claro que o interesse é o de simplesmente mudar as moscas, mas tomando cuidado de manter o mesmo mel (para não dizer outra palavra que também começa com m...). Entendeu o espírito da coisa? POSTADO POR JÚLIO FERREIRA. Devemos ter cuidado, o PR pode ter comprado ou alugado o Ministério ou tem alguma coisa deles, pois já estamos a caminho de dez anos que eles não mudam de mãos, sempre estão com os Nascimento e até o filho ficou milionário, no Brasil poderia ser lamentável mais com o Sr, Luiz 51 da Silva aprenderam todo macete e toda malandragem... Sabem tudo.

Petista é responsável por 90% das obras do Dnit.

        Dirceu Ayres
Afastado após ser envolvido nas acusações que derrubaram o ex-ministro Alfredo Nascimento, o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, deu prévia ontem de como será seu primeiro depoimento sobre o caso, terça-feira, no Congresso. "O Dnit é um colegiado. O Hideraldo manda tanto quanto o Pagot", disse, em referência ao petista Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, e listando, em seguida, todo o colegiado do órgão. Caron, filiado ao PT do Rio Grande do Sul desde 1985, é apontado por políticos como uma espécie de "espião" de Dilma Rousseff no Dnit. Segundo Pagot, ele era responsável por 90% das obras, já que cuidava da diretoria de Infraestrutura do órgão. Fonte: Folha de São Paulo Se o "espião" de Dilma é responsável por 90% das obras do Dnit e está envolvida no esquema de corrupção, Dilma Rousseff certamente não poderá alegar que não sabia de nada. Dilma chegou ao poder com fama de ser boa gerente, de saber administrar bem. A realidade não tem demonstrado isto. O bom gerente sabe escolher as pessoas com quem vai trabalhar principalmente seus assessores de confiança, os Ministros. Em menos de seis meses de governo Dilma dois ministros foram afastados por corrupção e houve o remanejamento de outros dois por incompetência de um deles na pasta que ocupava. Dilma não controla seu ministério. É refém de partidos nanicos como o PR e é obrigada a aceitar suas imposições. O bom gerente impõe respeito através de sua competência e suas ações acertadas. Até agora não vimos a que veio Dilma Rousseff. Seus maiores feitos até o momento foram de tentar blindar Palocci das acusações de corrupção, de agir rápido contra outro ministro corrupto, que não era do PT. Além disto, se destaca por batalhar por uma lei que tornam secretas os gastos realizados com nosso dinheiro para as obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Não podemos em hipótese alguma continuar vítimas dos abusos desta corja que tomou o poder em Brasília. Ou o Brasil acaba com o PT ou o PT acaba com o Brasil! A mulher do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, Francisca Leônia de Morais Pereira, chamada de "dona Leo" nas colunas sociais, tem lojas de perfumes e maquiagens importadas. Mas ficou mais conhecida como a dona de uma recauchutadora de pneus, a Vulcanização Tarumã Ltda. Durante o período em que Nascimento foi prefeito de Manaus (1996-2004), a empresa de "dona Leo" detinha um contrato especial: era a empresa dela que cuidava dos pneus da frota de ônibus da cidade. Fonte: Estadão Como se pode ver, os esquemas de corrupção de Alfredo Nascimento são coisa de família e vem de longe. Vem desde 1996 quando era prefeito de Manaus, e provavelmente até antes disto. A família de Alfredo Nascimento vem sendo investigada há anos pelo Ministério Público, mesmo assim a presidente Dilma Rousseff nomeia um corrupto de carteirinha para o Ministério. Há outros sendo processados e que ocupam altos cargos no governo. Um deles é o Ministro Fernando Pimentel, ex prefeito de Belo Horizonte, que aprontou das suas quando prefeito da capital mineira. Dilma não pode alegar que não sabia destes casos. Ou é muito incompetente ou é conivente com a corrupção, talvez uma mistura dos dois.  Pau que nasce torto morre torto.

Nunca antes neste país os larápios federais roubaram tanto


                                                                                               Dirceu Ayres
 “Não foi a corrupção que aumentou; o governo Lula é que tornou as investigações mais rigorosas e eficazes”, recomeça a balir o rebanho companheiro sempre que algum sacerdote da seita se junta à interminável procissão de escândalos. O mantra malandro foi destruído  de vez pela descoberta do milagre da multiplicação do patrimônio de Antonio Palocci e pelo desbaratamento da quadrilha em ação no Ministério dos Transportes.O estuprador de sigilo bancário que se converteu em traficante de influência não foi desmascarado por agentes da Polícia Federal, mas por  repórteres da Folha de S. Paulo. Os meliantes a serviço do PR foram identificados por jornalistas de VEJA, não pela Corregedoria Geral da União. Os órgãos de controle do governo não apuram nada. São coiteiros de delinqüentes de estimação.Nunca antes neste país os larápios federais roubaram tanto e tão descaradamente quanto nos últimos oito anos e meio, confirmam as revelações que precipitaram a troca do ministro Alfredo Nascimento por outro figurão do bando liderado pelo deputado federal Valdemar Costa Neto. Em junho de 2002, quando presidia o Partido Liberal, foi o parlamentar paulista quem celebrou o acordo com o PT que resultou na formação da dupla Lula e José Alencar, senador eleito pelo PL mineiro.As investigações sobre o escândalo do mensalão revelaram que o aluguel do partido custou R$10 milhões. Mais o Ministério dos Transportes, sabe-se agora. Desde janeiro de 2003, Costa Neto administra pessoalmente a formidável cachoeira de contratos bandalhos. Hoje secretário-geral do Partido da República, nascido há cinco anos da fusão do PL com o Prona, o sócio do PT faz mais que indicar ministros: ele nomeia prepostos.O primeiro foi o mineiro Anderson Adauto. Teve de cair fora em março de 2004, três meses depois de denunciado à Procuradoria-Geral da República pelo então diretor-geral do DNIT, José Antonio da Silva Coutinho,  por ter desviado R$32,3 milhões de financiamentos concedidos para obras em estradas pelo Banco Mundial e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Oficialmente, Adauto pediu demissão para disputar a prefeitura de Uberaba. Eleito, confessou no ano seguinte, em depoimento à CPI que investigou o mensalão, que recebera dinheiro do onipresente Delúbio Soares para pagar a gastança da campanha. Hoje filiado ao PMDB e no fim do segundo mandato, o prefeito continua fazendo companhia a Costa Neto no processo em curso no Supremo Tribunal Federal. Embora sejam ambos mensaleiros juramentados, o deputado paulista mereceu mais espaço na denúncia do procurador Antonio Fernando Souza. Um dos trechos afirma que, “ao longo dos anos de 2003 e 2004, os denunciados Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas e Antônio Lamas receberam aproximadamente dez milhões e oitocentos mil reais a título de propina. O acordo criminoso com os denunciados José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira foi acertado na época da campanha eleitoral para Presidência da República em 2002, quando o PL participou da chapa vencedora”.Como o acordo criminoso incluiu o Ministério dos Transportes, Anderson Adauto foi substituído pelo prefeito reeleito de Manaus Alfredo Nascimento, que ficou no cargo até março de 2006, quando se candidatou ao Senado. Enquanto caçava votos, o baiano Paulo Sérgio Passos, secretário-executivo e militante do PR, tomou conta do gabinete que, em março de 2007, voltou a abrigar o senador eleito pelo Amazonas.Nascimento afastou-se de novo em abril de 2010, agora para fracassar como candidato a governador.  De novo, Passos virou ministro interino. Escolhido por Lula e nomeado por Dilma, Nascimento recuperou em 1º de janeiro de 2011 o emprego que perdeu de vez nesta quarta-feira. Enquanto Passos mantém o gabinete em ordem, Costa Neto trata da escolha do novo ministro. Nesta quinta-feira, o PR comunicou à presidente Dilma Rousseff que o preferido é o senador Blairo Maggi. Quando ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc avisou que, “se deixarem, o Blairo Maggi planta soja até nos Andes”. Foi ele quem apadrinhou a instalação de Luiz Antonio Pagot na direção-geral do DNIT. Somados o prontuário do afilhado e a frase de Minc, pode-se deduzir que Blairo Maggi, sempre em parceria com Costa Neto, saberá tornar ainda mais produtivos e rentáveis todos os canteiros de obras públicas. O PR vai acabar colhendo alguns bilhões a mais. Alfredo Nascimento, corrupção, larápios federais, Lula, Ministério dos Transportes, PL, PR, Prona, quadrilha, Valdemar Costa Neto

Senadora Kátia Abreu

    Dirceu Ayres


BRASÍLIA - Parlamentares integrantes da bancada que critica o atual Código Florestal e defende mudanças para que os produtores rurais não sejam prejudicados por regras que não podem cumprir já foram autuados pelo Ibama. Pelo menos seis parlamentares receberam multas no valor total de R$ 3 milhões. O maior devedor do órgão ambiental é o senador Ivo Cassol (PP-RO): R$ 1,6 milhão. A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que lidera a pressão pela reforma do Código, também entrou na mira dos fiscais do meio ambiente. Uma fazenda da família dela foi autuada duas vezes por desmatamento ilegal em áreas protegidas. Na Fazenda Aliança, localizada no município Aliança do Tocantins, 75 hectares de Floresta Amazônica foram destruídos em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal. A propriedade, que a senadora costuma dizer que também é sua, está registrada no nome do filho de Kátia, o deputado federal Irajá Abreu (DEM-TO), que por isso recebeu multas que somam R$ 55 mil. As autuações estão sendo contestadas na Justiça.  Além de Cassol, Kátia e seu filho, pelo menos outros quatro deputados têm pendências com o órgão ambiental: Eduardo Gomes (PSDB-TO), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Roberto Dorner (PP-MT) e Augusto Coutinho (DEM-PE). Na Câmara, apenas Eduardo Gomes não votou por alterações na atual lei ambiental. Os demais votaram pelo texto que permite que pastos e lavouras continuem situados em locais frágeis ambientalmente, como matas ciliares às margens dos rios, topos de morros e encostas. A previsão é considerada "absurda" por Dilma e "inaceitável" pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Ivo Cassol foi multado em R$ 1,6 milhão Por meio de sua assessoria, Kátia Abreu apresentou uma certidão negativa de débito com o Ibama. Com relação à Fazenda Aliança, a assessoria da CNA afirma que a família da senadora entrou com um mandado de segurança contra o Ibama porque o órgão ainda não analisou um pedido de Irajá para aderir ao programa Mais Ambiente, do governo federal. O programa inspirou alterações no texto do novo Código Florestal, já que permite que quem desmatou tenha um prazo para recuperar a degradação, e suspende as multas após o cumprimento do compromisso. Uma decisão liminar da 2 Vara da Justiça Federal de Tocantins obriga o Ibama a aceitar a inclusão de Abreu no programa, mas o órgão recorreu e o caso permanece na Justiça. O senador Ivo Cassol, que também defende flexibilização da legislação ambiental, sofreu quatro autuações no total de R$ 1,6 milhão em multas. Ele não pagou nenhuma, e contesta cada uma das multas. Dois dos autos tratam de uma estrada e de uma pequena obra realizada pelo governo de Rondônia no município de Alta Floresta D'Oeste, quando Cassol era governador. O senador chegou a reclamar publicamente sobre isso à ministra Izabella na última semana, durante audiência pública que debateu o Código. A ministra disse que não tinha conhecimento desses fatos, mas que iria averiguar. Os outros dois autos em nome de Cassol são referentes a desmatamentos ilegais na Fazenda Kajussol, de sua propriedade - um de 160 hectares, realizado em Reserva Legal, e outro de 352 hectares. Editado(a) por Jussara Seixas