sábado, 5 de novembro de 2011

MAIS DINHEIRO E MENSALÃO


                                                     
      DIRCEU AYRES  

O mensalão do Congresso
É o mesmo que já  existia
Pois já tudo isso havia
De outros tempos egressos.

Esquema bem milionário
Usando servidor otário
Mesmo antigo funcionário
Sendo mesmo salafrário.

O Valério milhões tem
Roberto Jéferson também
Ninguém fica sem vintém
Não vai faltar pra ninguém.

As malas andam voando
Com o dinheiro do Tesouro
Nunca vai haver estouro
Sempre tem gente esperando.

Carregaram todo dinheiro:
Do erário, salário, até Otário!
Levarão até do salafrário
Da mala só fica o cheiro.

É Uma grande safadeza
 Também grande maracutaia
Falta ver homem de saia
Mulher comprando beleza.

Roubam tudo e querem mais
Carro forte a pé e de Avião;
Na carroça, cueca ou no calção,
Na cabeça, no carrinho, caminhão.

Todo tipo, jóia ou dinheiro,
Euro, dolla, real grande salseiro!
Carregaram as minas e os mineiros
Roubaram Padre Cícero em Juazeiro

Parece que no Brasil tem cadeia
Para preto, pobre e desgraçado!
O Delegado, Soldado e Juizado;
Agarra o pobre que se esperneia.

A FAZENDA

                           Dirceu Ayres                           
Cercados verdes que existem na Fazenda,         
Nas lindas terras com serras e planícies,        
Rios que correm limpos sem imundices,      
Pela floresta, caatinga, mata e senda.          
É que vagueia minha alma comovida..
E acha  guarida em todos estes lugares..
E de amores chora embevecida,
Pôr suas estradas, dunas, praias e mares.

Olhar de longe, o belo descortina, 
Mesmo sendo estradas nordestinas,        

O sol a pino e o verde cultivado,                   
Só ver os pastos muito bem tratados               
No firmamento o céu azul que anima         
Saber que vive aqui, povo abençoado.


Trabalhador, nessa labuta não cansa;      
Na ingente penúria e não fenece...
Pois cada um sempre trás novo alento       
Uma brisa que é chamada de vento         
Em um porvir repleto de esperança. 

      
Vendo a Fazenda, me vejo criança        
Que da mãe terra teve pôr herança
Uma força de viver com mais beleza
Orar a Deus que eu viva com saúde
Que adote firme atitude com esperança
De ser guardião de tão grande riqueza.

VÁRIOS TIPOS DE BUNDA

      
          DIRCEU AYRES

Tem bunda sôrta qui sarta
Tem bunda de todo jeito
Bunda baixa, bunda arta,
Bunda em coipo perfeito.
Tem bunda preta, tem branca,
Tem bunda que é indigente
Tem quá arde iguá pimenta
Queima mão poi que é quente
Sei que tem bunda covarde
Quem tem a bunda valente.

Uma bunda esquisita
Outra cheia de espinho,
Outra em mulher bonita,
Outra esperando carinho,
Outra que tem foimusura
É quage torando a cintura
Enchendo a vista da gente.
Vai passá na minha frente
Dôi rebolo balançando
Iguá cobra em terra quente.

Bunda gorda arredondada
Na cintura fai barrica
Bunda meio entortada
Nem sei Cuma é que fica.
Tomba aqui, tomba acolá
Nem sei Cuma não se cansa
Não sei Cuma vai ficá.
Deve ser bunda valente
Vou jogá-la praculá
Prá cabra macho amansá.

Um dia um amigo meu
Danou-se a me preguntá
O que se faz prá amansá
A muié do amigo meu?.
A mulher do meu amigo
Vai apostar eu lhe digo
Sua bunda é um perigo,
Ele mesmo se perdeu.
Agora prá seu castigo
Ela anunciou e vendeu.

Um dia outro amigo
Veio a eu pá perguntar
Casado como é que é,
Como é tua muié?.           
Eu passei a lhe contar:
Falando bem direitinho
Do jeitim qui prá mim é.
 Rabuda, toda faceira
Coipo cheio, aima intêra
Assim é minha muié.

Pra mim é muito bonita.
Dessas feme introncada,
Foi bem feita e acabada
Dessas muié que é artista.
É pura loira e é bacana
Cabelo grande de cigana
Vai inté artura da pista.
Onde a lombada alevanta
Tão arta que perde a vista
Dôi monte que traz ganança. 

Quando lembo, tô vendo,
Uns gaiatos como o cão,
Vou logo arrespondendo
Na bucha com sastifação,
Peiguntas que fizeram
Para me tirá do séro,
Não pudero fazér não.
Sou o dono do coipão
Eu amunto nele em osso
E me agarro ao pescoço.


MINHA AMADA, MEU AMÔ

DIRCEU AYRES          
Quando amo, nem enxeigo
Defeito que a muié tem,
Com a perna que é torta,
Anda bem e não importa.

Além disso eu que vivo         
Na franqueza e no amô
Não casei com a muié
Prá ela sê jogadô.

Com a boca tão banguela,
Não tem o dedão do pé,
Mái eu sei que sem o dedo
Não dexa de sê muié.

Sei que tá pôco coicunda
E tombem não tem cabelo
Com nariz que já tá torto,
Prá mim não é pesadêlo.

Sei que só tem uma orêia
Escuita com oivido só,
Tem gente qui nem escuita,
Poique vou querer mio?.

Com a fala tão fanhosa
Foi o qui disse a dotôra,
Mai eu não quero a muié
Para ser uma locutôra.

E na mãozinha dela
Tá fartando o polegá,
Ela nem toca violão
Prá qui se preocupa!.

Tem um nariz todo torto
I dá carinho prá home,
Muié com nariz bonito,
Todos são de silicone.


Eu sei qui ela é gága
Mai é encantadora
E daí, eu não a quero
Para ser arguma cantôra.

Tem sua muié interinha,
Não quêra a minha não,
Se preocupe cá sua,
Cuidado com Ricardão.

O povo fala na rua
Que vivo um pesadelo
Tudo inveja, ela magrela,
Só parece uma modelo.

Meu amô esconde tudo
Gosto dela mermo assim,
Tem os ôssos bem miúdo.    
Dedica-se só prá mim.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A MÁGOA


       DIRCEU AYRES        

Fama ruim vai me botar
E eu cansado da vida,
Conservarei a ferida
Da facada que vai dar.

Minha vida se encharca
Com opinião dessa gente,
Que magoa e a gente sente
Se nessa canoa embarca.

Uma ferida desgraçada
Com quelóide ou cicatriz
Não deixa ninguém feliz,
Más tem raiva bem danada.

Gente suja tão medonha
Não sabe viver em paz
E não arranja um rapaz
Mesmo sendo sem vergonha.

Uma coisa com certeza
Más eu sempre fui de paz
E a cada dia sou mais
E em mim só tem nobreza.    

As amizades aumentando
Com muito amor e com fé
Amigo dela, isso não é!
Eles estão se afastando.

ELA A MAX

               
         Dirceu Ayres                        
                       
Se a vida lhe trouxer insegurança      
Usa tua luz própria estendida!            
Tua rua nunca será comprida               
Pois será a paz da esperança.            

Lembra, tua luz vem desde criança!
Teu dia passa a luz não espera.
O inverno muda em primavera,
Teu desejo muda em esperança.

Pode ser que pratique asneiras
Não temas que digam bobeiras,     
Esqueça arrependimento e pudor.

Relaxe teu corpo tão vacilante
O conforto dos filhos é inebriante,
Entrega o corpo ao amado com amor.