quinta-feira, 27 de outubro de 2011

INFELIZ NORDESTINO

                 
         DIRCEU AYRES     

A Luta da humanidade
Por uma justiça social
Terra, pão e liberdade!
São ações da sociedade.
Sendo um revolucionário
Sem lar, pátria, ou hino
Vai curtindo seu destino
Como um infeliz operário.

Anda sempre apressado
Prá chegar nem sei aonde
Da vida só se esconde
E Ainda anda arrasado.
Não tem nenhuma surpresa
Se eles estão no poder
A esperança de um dia ter
Melhor vida com certeza.

Tem sempre um dominador
Em um poder corrompido
Corrompendo o destemido
Que também é sofredor.
É desgraçada a história
De quem paga essa despesa,
Pois quem forma a correnteza
Não pode carregar glória.

Carregado com o dissabor
Por tudo que é corrompido
Má nunca tomou partido,
Nem nunca foi vencedor.
Puseram-lhe uma gravata
Uma boa calça e um palitó,
Chamaram-no plutocrata
O pano do pescoço era nó.

Esse o seu grande destino,
E como sempre andava só
Era um audaz peregrino,
Garganta seca com pó,
Como era um nordestino
Encarava seu destino
Pulava que nem menino
Para um dia virar pó.

Dotado de tal demência
Estuporado de cegueira
Produz e fala besteira
Fala-se em sua ardência.
O demagogo desgraçado
Usa a cegueira, a carência;
Leva o pobre Nordestino,
Viver na própria falência.

MOÇA DE URINA FORTE


         Dirceu Ayres          

Tenho amigo enxerido
A irmã, linda de lascar,                  
”Menina” é o seu apelido           
Ela transa com o marido,      
Fico às vezes escondido          
Pra ver “menina” urinar.   

Como estrondo de trovão          
Sua urina é igual a um jato
Urinar o chão e o sapato
Deixa um buraco no chão.      
Xoxota de alta pressão
Sua urina forma um regato.

E se o cabra tiver por baixo
Recebe da urina a pressão,
Sem dizer um palavrão
Tem de agüentar tudo, acho.
Mesmo com cara no chão
Sem amassar o cachaço.

Será que “menina”, agüenta?
Pegando um cabra doidão
Estou fora, sou setentão.
Se ela urinar, me arrebenta.
To andando bem quebrado
Ela amassa a minha venta.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O FORMATO ORIGINAL: ( do Dirceu)


                       DIRCEU AYRES      

Cabeça bem grande com esquemas,        
O nariz, parece quebrado, tem osso,
Orelham bem redondas e pequenas,
Lábios finos retos iguais e pescoço.      

Tem fala mansa, com pouco som,
De cor branca com altura regular
Barba grossa, Bigode grande e bom;
Sempre cambaleia quando vai andar.

Olhos grandes, verdes iguais ao mar,
Corpo forte e não é um tipo esquisito.
Estando brabo, vai alguém o acalmar,
As mulheres quando o vê acha bonito.       

É assim o Dircinho que eu conheço,
Desse moço tenho muito que falar
Pois que é hábil e sabe mesmo se virar,
Amigo bom desse que eu bem mereço,
Pois o que quero nessa vida vai chegar
Que é alguém que de muito eu enalteço.

Um menino grande e bom batalhador
Nasceu cresceu, sempre trabalhando
Teve dificuldade para começar andando
E hoje velho doente sentindo tanta dor.
Agora que tem de esperar o próprio fim
Não reclama, a amargura está passando;
Não é homem para ficar só reclamando
Toda vida sempre foi e será sempre assim.

O PAÍS DESLEIXADO

                 DIRCEU  AYRES                            


Num país que doente sofre, sem ter cura
ficará no passo sempre do terceiro mundo.
Que no poço desgraçado chegou ao fundo,
Sem nadar, não emergirá da noite escura.
Parece que no País engoliram a compostura,
Protegendo e ajudando os políticos senis         
Que dividiram o Brasil para quem quis     
Juntos assaltam o País de ponta a ponta.
Para ninguém esse país não presta conta,
Roubam muito, com certeza a ninguém diz.  

Num País que invadem as Fazendas.            
Que sem terra se dizem ser esquecido.              
De verdade quem precisa não é ouvido            
Não tem miserável que dela entenda.   .
Permitindo roubar em cada esquina                 
Esse grupo que na Constituição urina               
Faz desse País uma enorme latrina                              
Poe seus dejetos como numa campina      
gente que a todos impõe e até domina,      
Mas o Brasil, precisa e fará sua faxina.                         

As leis da constituição são descartáveis      
Não existem sequer os códigos corretos,
Multidões, senão milhões de analfabetos
Formando uma multidão de miseráveis.
Mas nos não temos políticos confiáveis            
Estamos sem voz, sem vez, sem diretriz    
Os políticos é quem têm voz e vez e bis
O respaldo de seus pares inimputáveis.
Um país desgraçado que político não diz,       
Para esse País, somente
DEUS será juiz.     

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ai! Se sêsse!…

Autor: Zé da Luz              Dirceu Ayres  
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas, porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cummigo insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?…
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge
tôdas fugisse!!!