Tem bunda sôrta qui sarta
Tem bunda de todo jeito
Bunda baixa, bunda arta,
Bunda em coipo perfeito.
Tem bunda preta, tem branca,
Tem bunda que é indigente
Tem quá arde iguá pimenta
Queima mão poi que é quente
Sei que tem bunda covarde
Quem tem a bunda valente.
Uma bunda esquisita
Outra cheia de espinho,
Outra em mulher bonita,
Outra esperando carinho,
Outra que tem foimusura
É quage torando a cintura
Enchendo a vista da gente.
Vai passá na minha frente
Dôi rebolo balançando
Iguá cobra em terra quente.
Bunda gorda arredondada
Na cintura fai barrica
Bunda meio entortada
Nem sei Cuma é que fica.
Tomba aqui, tomba acolá
Nem sei Cuma não se cansa
Não sei Cuma vai ficá.
Deve ser bunda valente
Vou jogá-la praculá
Prá cabra macho amansá.
Um dia um amigo meu
Danou-se a me preguntá
O que se faz prá amansá
A muié do amigo meu?.
A mulher do meu amigo
Vai apostar eu lhe digo
Sua bunda é um perigo,
Ele mesmo se perdeu.
Agora prá seu castigo
Ela anunciou e vendeu.
Um dia um outro amigo
Veio a mim perguntar
Casado como é que é,
Como é tua muié?.
Eu passei a lhe contar:
Falando bem direitinho
Do jeitim qui prá mim é.
Rabuda, toda faceira
Coipo cheio, aima intêra
Assim é minha muié.
Pra mim é muito bonita.
Dessas feme introncada,
Foi bem feita e acabada
Dessas muié que é artista.
É pura loira e é bacana
Cabelo grande de cigana
Vai inté artura da pista.
Onde a lombada alevanta
Tão arta que perde a vista
Dôi monte que traz ganança.
Quando lembo, tô vendo,
Uns gaiatos como o cão,
Vou logo arrespondendo
Na bucha com sastifação,
Peiguntas que fizeram
Para me tirá do séro,
Não pudero fazér não.
Sou o dono do coipão
Eu amunto nele em osso
E me agarro ao pescoço.
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