DIRCEU AYRES
A Luta da humanidade
Por uma justiça social
Terra, pão e liberdade!
São ações da sociedade.
Sendo um revolucionário
Sem lar, pátria, ou hino
Vai curtindo seu destino
Como um infeliz operário.
Anda sempre apressado
Prá chegar nem sei aonde
Da vida só se esconde
E Ainda anda arrasado.
Não tem nenhuma surpresa
Se eles estão no poder
A esperança de um dia ter
Melhor vida com certeza.
Tem sempre um dominador
Em um poder corrompido
Corrompendo o destemido
Que também é sofredor.
É desgraçada a história
De quem paga essa despesa,
Pois quem forma a correnteza
Não pode carregar glória.
Carregado com o dissabor
Por tudo que é corrompido
Má nunca tomou partido,
Nem nunca foi vencedor.
Puseram-lhe uma gravata
Uma boa calça e um palitó,
Chamaram-no plutocrata
O pano do pescoço era nó.
Esse o seu grande destino,
E como sempre andava só
Era um audaz peregrino,
Garganta seca com pó,
Como era um nordestino
Encarava seu destino
Pulava que nem menino
Para um dia virar pó.
Dotado de tal demência
Estuporado de cegueira
Produz e fala besteira
Fala-se em sua ardência.
O demagogo desgraçado
Usa a cegueira, a carência;
Leva o pobre Nordestino,
Viver na própria falência.
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