segunda-feira, 18 de julho de 2011

  A TRÉPLICA               
Zuleica Ayres   
(troco do toco)

Quem me dera que eu tivesse
Esse dom que deus lhe deu,
Gostaria que eu pudesse
Dar um troco a seu Dirceu.
Revendo agora seus versos
Percebi que há vinte anos
Estudava se era o certo,
Enfrentá-lo mano a mano

Tudo mudou pra você
Como se fosse castigo,
Sofrendo tanto sem ser
Malvado, nem ruim amigo.
Consegui até provar
Que muito já batalhei,
Numa avaliação pode estar
À medida que empreguei.

A casa tão referida
Que ficou tão mal falada,
Transferi pra uma amiga
Que depois ficou zangada.
O meu tempo foi assim
Com uma luta danada,
e não fui tão boa assim!
Na criação da moçada.

Despeço-me por aqui
Dessa resposta rasgada
Pois acho que consegui
Resposta desmantelada.
Ver-nos-emos muito em breve
Pois sei, aqui vai voltar,
Queimador do toco e cerne
Que sabia desgastar.

Vou curtir o meu passado
Agora que tenho a fita,
Trabalhar no meu estado
Cuidar de evitar a Bica,
Pois se com ela me agarro!
Eu me estrompo, e ela fica.

Parodiando o poeta
Zuleica aqui não se arrisca,
Vai cuidar de suas netas
Se não cuida, se trumbica;
Cuidar bem da sua peteca
Viajar, se tornar rica;
E quando a morte chegar,
Morte vai, Zuleica fica.

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