domingo, 24 de julho de 2011

MEUS CABELOS BRANCOS

        DIRCEU AYRES                                         
Meus cabelos contem estórias sim! 
São cabelos brancos com memória!
Cada um tem guardado em sua glória,  
O passado, o presente, tudo enfim.

Cabelo de brancura tão prateada,
Tendo muitas estórias já passadas
Umas certas, outras são mal contadas,
Mas, também tem estórias pranteadas.

Cabelos como a lua, têm brancura!
É tesouro com passado adquirido
Em alguns, encontramos algum sentido;
Más sentindo em todos eles, só ternura.

Escassos, Franzinos, Fracos e Finos!
Cada um sabe a estória que já tem.
Não fala, não incomoda a ninguém,
Procede e se comporta tal menino.

Deve haver cabelo bem inteligente
Tenho orgulho dos meus, tenho respeito;
Orgulhosos falam, batem nos meus peitos,
Para mim, são também  iguais a gente.

Refletindo sobre o tempo já passado,
Lembro quando ainda era criança
Cabeça cheia de cabelos com pujança
O “TOPETE” que fazia tô lembrado.

O Óleo Glostora, que fazia ele  brilhar!
Brilhantina, o perfume era... ”DESEJO”.
As meninas carregadas com o ensejo
De sair junto comigo, pra ir passear.

Agora o pouco que resta são penugem
A maioria dos cabelos foi  embora
Restam-me ver meninas, hoje senhoras!
Saírem com seus pares para ir viajar.


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