domingo, 17 de junho de 2012

A BÉLA NAYDA


                                         DIRCEU AYRES

Quando fui para são Paulo
Fui triste encabulado,
Acho que tinha escutado
Coisa que me deu abalo.

Enchi-me de mais ternura
Quando vi aquela estranha,
Não tem nada de medonha
Pois carrega formosura.

Tive susto bem danado.
Quando seu ap. cheguei,
Susto igual nunca terei;
Com jeito tão engraçado.

 Naíde foi uma paixão
E sem ta desesperado,
Só um pouco espantado,
A Nayda foi encontrão.

Eu já fui apaixonado
Por uma que era Naíde,
Pois o Destino decide
A Nayda ser um achado.

Moça que tem formosura
Simples, dócil, muito meiga,
Acho que é feita de seda
Essa doce criatura.

Ela tem um namorado,
O Cabra não é “fininho”
Mesmo forte, é Chiquinho...
E quer ser paparicado.


Espero que seja amado
E eu não diga besteira,
Senão eu pego a peixeira;
Vou capar o desgraçado.
Vou esquecer minha dor
E cuidar um pouco dela,
Fazer comida pra ela
E ser o seu Protetor.

Pois é assim que eu trato
As pessoas que eu gosto,
Tenho jeito não me encosto;
Pois eu sou Cabra do Mato.
Assim sendo não destrato
A pessoa que eu amo.
Faço tudo não reclamo,
Esse é meu, desiderato.

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